o poeta não existe
“cabeça de medusa
tuas cobras abraçam o mundo
aproveitando as franjas do passado
tuas mãos alargam
com falsidade
os becos da nossa alegria
faceta mais pura do silêncio que há em nós
as histórias passam pelas ruas
mesmo sem palavras
são elas o material necessário para imaginá-las”
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“como utilizar palavras frescas
ou etc
enxuge primeiro as próprias mãos
depois
mergulhe as palavras no mundo
ou em qualquer vestígio dele
quando puder
recupere as melhores
e as mais urgentes
em caso de incêndio
assuma a responsabilidade”
- respectivamente pág. 43 e pág.58 de O poeta não existe, Dora Ribeiro, Livros Cotovia
PS: o negrito não pertence ao original, fui eu que tomei a liberdade de o sublinhar no livro em papel e também aqui no post. Aos amantes fundamentalistas dos livros intocáveis, é favor remeterem as queixas à administração.
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