fechei-me cá fora

Adivinhem que coisa fantástica me aconteceu ontem?
Não conseguem...Não faz mal, meninas, eu ajudo. Tem a ver com chaves de casa esquecidas no bolso do casaco de ontem.

Sim, sim...acertaram. Fiquei fechada do lado de fora, porque me esqueci das chaves de casa e fui muito descansadinha ali ao café tomar qualquer coisa. Ainda pensei “vou levar um livro, porque pode ser que o Público esteja ocupado...”, mas não, fui de mãos vazias.

O resultado?
Estive das 3 da tarde às 6 sentada na mesa de café a rogar pragas a mim mesma por ter saído sem as chaves. E sem um livro. Tive de requisitar os serviços da minha mãezinha e obrigá-la a vir de Famalicão ao Porto, só para me abrir a porta de casa. Ai, que raiva! É que não só estraguei a tarde a mim mesma, como também tive de estragar a dos outros com esta história! E eu que tinha destinado o sábado para estudar EM (os Céus conspiram contra mim, nunca mais faço a cadeira). E que até tinha falado com ela de manhã para lhe dizer “não, mãe, não é preciso ficares preocupada, vou ficar a estudar, não precisas de vir, vamos ao cinema noutro dia, fica a descansar, sempre dormes um bocadinho durante a tarde, não há problema”.

Chato?
Nem estudo, nem leitura, nem lanche com rabanadas (ainda estou bem munida de doçaria, como a Sónia tinha previsto, mas como estava lá fora não as podia comer), nem nada! Uma tarde inteira passada a olhar para a televisão do café, que ainda por cima estava sintonizada na TVI com a porcaria de um filme qualquer que me deu cabo dos nervos - uma coisa supostamente cómica sobre modelos masculinos hipnotizados para assassinar não sei quem, que pegam fogo uns aos outros numa bomba de gasolina e não percebem nada de computadores. Estão a ver como estive atenta? O nome do filme? Não sei nem quero saber.

E o Público?
Só desocupou quando a minha mãe chegou de carro. Claro.