Então é assim:
- isto por aqui anda um bocado morto, não acham? Maria Inês, ainda estás sem Internet em casa? (Pá, vai a um cybercafé só para dizer olá aqui ao blog). Sónia, continuas a trabalhar na loja? (Diz lá quando é que, na semana pós-eleitoral, consegues beber um chá comigo, no Porto...) Ana, o patrão anda sempre de olho em cima? (Diz-lhe que vá ver se estás na esquina e, entretanto, dá cá um salto para contar como tem corrido o trabalho). Inês... pá, a ti nem vale a pena dizer nada, lol, andas sempre no MUNDO da LUA!
- seja como for, eu estou aqui a queixar-me da vossa ausência, mas bem sei que também não tenho estado muito presente. Passo então a explicar os meus motivos:
1. estou em fase final de contrato e, portanto, tenho de deixar tudo organizado (eu? a organizar alguma coisa? conseguem ver isso?) para a pessoa que virá para o meu lugar.
2. logo, por causa do ponto 1, não tenho oportunidade de cá escrever (embora de vez em quando espreite os posts!)
3. entre o trabalho e chegar a casa, passam-se algumas horas, chego tarde, tenho de fazer o jantar (nos últimos tempos, o marido tem conseguido fugir a essa função), depois leio um bocadinho -quando consigo!- e, entretanto, caio na cama morta de cansaço.
4. nos últimos fins-de-semana, das duas uma: ou temos ido ver exposições (cá na capital) ou temos ido ao Norte, mais propriamente a Malta, para almoços em família. Já agora, conto-vos um episódio: há duas semanas, R. conheceu a minha avó, que, ao cumprimentá-lo, disse: «eu ainda não o conhecia e já o considerava meu neto» e, ao despedir-se dele, avisou-o: «veja lá, trate bem da minha neta. não a deixe ser raptada lá em Lisboa!». (bom, grande vergonha que eu passei, mas enfim...)
5. Conselhos: já aqui disse que deviam ler os livros de Ana Teresa Pereira (cá em casa só nos faltam dezassete dela! Ao todo, são 23). Eu já li: "Se nos encontrarmos de novo", "O Mar de Gelo" e, actualmente, delicio-me com "Intimações de Morte". (A seguir está "A Linguagem dos Pássaros").
Bom, entretanto, a mãe do marido ofereceu-me (ontem) "Em nome da Terra", de Vergilio Ferreira, que eu quero muito, muito, muito, ler! (já leram o "Para Sempre"?). Eu ando numa de ler a obra toda dele.
Bom... outra coisa: dia 17 de Fevereiro é inaugurada a exposição de Frida Kahlo (sim, FRIDA KAHLO, em PORTUGAL!!!!!!!!!!!!!!!!!!) no CCB. É a maior exposição com quadros dela alguma vez vista no nosso país. Vieram directamente do México cerca de 26 obras! Portanto, façam o favor de arrastar o rabiote até cá baixo, num fim-de-semana qualquer! Ok?????!!!
Ah, entretanto comecei a ler a biografia do Mao (aquela bastante polémica que saiu há pouco tempo e que é amarela e hiper-grande, sabem?!) porque ando com um feeling sobre a China, mas depois, em concreto, conto-vos mais coisas.
ps.: a partir de dia 23 de Janeiro, para chorar a derrota da esquerda nas eleições, sou toda vossa. podemos marcar jantares, lanchinhos, tudo, tudo o que vocês quiserem! vou andar pelo Porto até dia 26-28, acho eu!
ps1: ando cá com um pó à Ministra da cultura... então quando ela disse que era uma mulher do Norte foi a gota de água!!!!
ps2: por falar em água, em Lisboa está a chover imenso, eu estou de pijama (e é assim que pretendo ficar o resto do dia) e vim até cá sobretudo para dizer-vos que estou cheia de saudades dos nossos encontros e palavras. digam-me qualquer coisa, sim? beijinhos e abraços apertadinhos! :)
ps3: não votem no Cavaco, por favor!!!
ps.4: ah, quase me esquecia, li esta semana um ensaio -lido numa conferência- (publicado pela gradiva) intitulado «A ideia de Europa», da autoria de George Steiner (e com prefácio do nosso Durão Barroso. Prefácio esse, diga-se de passagem, totalmente medíocre e perfeitamente dispensável). Bom, mas o que eu queria mesmo deixar aqui é que faz parte dos meus conselhos de leitura. É pequenino (55 páginas) e lê-se praticamente em menos de uma hora, mas, mal se acaba, dá vontade de recomeçar e recomeçar e recomeçar. Muito, mesmo muito, interessante! Leiam! (ja agora, para abrir o apetite: o autor compara/sublinha as diferenças principalmente entre EUA e Europa, por exemplo: os nomes das ruas: Nos EUA são basicamente números e «north» ,«west», «south»,... Na Europa são nomes históricos e simbólicos, desde a Rotunda do Marquês de Pombal à Avenue Emile Zola, em Paris!)