segunda-feira, outubro 06, 2008

click, click.....click, click, click, click, click, click

Despir parte da casa. Dizer adeus.

Mais uma caixa de livros - "parece que se multiplicam!" Grunhidos.
Antes assim fosse. Suspiros.

Não sei. Na realidade, não sei mesmo. Não estou lá para ver. Só chego depois. Saio antes. Há sete voluntários para por a casa em ordem - um dia vão conhecê-los.

E o cão olha para mim com aquele ar gelado: "agora chegas e mudas-me as coisas de sítio..."

Como é do outro lado? Eu digo: gente, gente, gente. Muita agitação por aqui. Pouco sono, paixão aumentada, e-mails tardios, cada um com a sua mania (tratando-se de artistas, ainda mais), nós perdidos de riso.

Gente a entrar pela porta à "procura da Inês". Surpreende-me sempre. É curioso. "É comigo, é. "

Este caos (este) é que traz sossego.

De começar a despir a sala (afinal, as coisas é que têm cheiros, o resto não, e muita coisa na minha vida precisava de ir para o lixo, ainda que eu só o tivesse percebido depois de tropeçar nelas).

Despir as salas. Manter uma foto que recebi pelo Natal. Daquelas que (click, click, click) me acendem as lanternas quando a luz vai abaixo e está escuro como breu.


PS: O que tem mais piada é que agora já não há quem me tire esta luz que entrou.

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