isto funcionava assim:
Namorava-se na Escócia por causa dos scones, do sotaque e dos babes de saias, perdão, de kilts.
Comia-se em Itália por causa das pizzas em forno de lenha. E porque ninguém nos podia acusar de sermos mulheres de gestos largos.
Estreava-se um casaco de inverno em Londres, mesmo em Julho, que é onde o mundo aprendeu a ser mal disposto mas que é também o sítio onde melhor se respeita o metro mínimo de distância interpessoal. Absolutamente necessário.
Gastava-se dinheiro em Nova Iorque por causa dos livros. E andava-se a pé. Para passear os sapatos.
Rompia-se o namoro na Grécia, para evitar futuras queixas de falta de dramatismo.
Ressuscitava-se a paixão depois em Praga. Porque sim.
Ia-se a exposições em Espanha, porque eles sabem organizar estas coisas como deve ser e são rapazes de bom gosto.
Ouvia-se à noitinha boa música no Brasil, que é terra que Deus partilha com Iemanjá e, na dúvida, mais vale apelar aos dois. Ao mesmo tempo.
Depois voltava-se ao Porto. Para não se perder o sentido de humor.
3 comentários:
subscrevo inteiramente!!!! onde é que posso assinar?
olha, eu até vou copiar este post para o borras! fabulosoooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo... só acho que falta a passagem por Helsínquia, para perceber o que é qualidade de vida...
eu concordo em absoluto com cada palavra, inclusivamente com a palavra "Helsínquia" e o seu significado em termos de qualidade de vida:) Minês, isso sim, é sensibilidade urbana!
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