Antes de mais, (e apesar de saber que isto não é justificação) peço desculpa por ter estado tanto tempo ausente do blog, mas tenho andado "enterrada" em trabalho, podendo a isso somar-se umas quantas dores de cabeça e uns pais de cama... Nada que não se vá ultrapassando...
Mas aproveito esta oportunidade para duas coisas muito importantes:
1.:PARABÉNS, .J.!!!
Sei que já é tarde, mas aproveito para reforçar a ideia :)
Espero que o teu dia tenha corrido lindamente!
Parabéns pelos 24 aninhos e parabéns pela nova casa! :)
2.: Já surgem boatos de um lanche marcado para a tarde de S. João, na Invicta...
Como se devem ainda lembrar, esta é uma altura crítica para mim pois tenho festa de S. João literalmente à porta de casa, mesmo no dia 24!
Uma vez que pretendem estar pelo Porto, estão oficialmente convidadas assistir à festa de S. João de Sobrado - também conhecida pelas "Bugiadas e Mouriscadas". É uma tradição e uma lenda que tem atraído imensos curiosos, principalmente na área etnográfica, merecedora de várias reportagens na RTP2, bem como vencedora de um prémio de documentário na "Porto 2001 - capital europeia da cultura".
Para mim seria um prazer enorme receber-vos cá em casa... penso que já só falta mesmo visitarem a minha santa terrinha :)
Se isto servir de incentivo, não vão faltar iguarias para satisfazer a gula das meninas e ainda(!!!!) - vejam lá se isto não vos é familiar:
- "Menina não paga mas também não anda!
ou então:
- "Mais uma voltinha, mais uma moedinha!"
É verdade, não faltam carrosséis por estas bandas.
A verdadeira festa tem início por volta das 13h e dura até às 20h... Fico a aguardar a vossa visita...
(Enquanto isso, deixo-vos aqui alguma informação sobre a festa - pode ser que este argumento vos mova...)
Festa da Bugiada
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Festa da Bugiada é uma manifestação popular tradicional que se realiza anualmente, no dia 24 de Junho, sob a invocação de S. João, na vila de Sobrado, município de Valongo. É uma tradição antiquíssima, que se desenrola sob a forma de uma luta entre mouros e cristãos, designados localmente por Mourisqueiros e Bugios, respectivamente.
A Festa da Bugiada tem por detrás uma lenda transmitida oralmente de geração em geração, que remontaria ao tempo em que os muçulmanos ocuparam boa parte da Península Ibérica. Essa lenda dá conta da disputa de uma imagem milagrosa de S. João, detida pelos Bugios, a que os Mourisqueiros pretenderiam também recorrer para salvar a filha do seu rei.
Esta manifestação desenrola-se sob a forma de danças. Os Bugios, sob a condução do Velho da Bugiada, vão mascarados, vestidos de roupas garridas, levam penachos de fitas na cabeça, guizos por todo o corpo e castanholas nas mãos. São, habitualmente, em número de várias centenas, de todas as idades, e fazem uma enorme algazarra. São o lado folião e telúrico da festa. Os Mourisqueiros são comandados pelo Reimoeiro. São rapazes solteiros, em número de algumas dezenas. Usam um fato colorido e listado, na cabeça levam uma barretina cilíndrica, ladeada de espelhos e encimada de plumas, usam polainas e, na mão direita, transportam uma espada. São o lado organizado, apolíneo, militar, da festa.
Depois de várias danças que têm início manhã cedo, o clímax da Bugiada atinge-se quando, ao fim da tarde, cada uma das formações sobe ao respectivo castelo e se inicia a guerra, acompanhada, em simultâneo, de trocas de "embaixadas" e de "negociações diplomáticas". Não havendo acordo, os Mourisqueiros atacam o castelo Bugio e levam o seu Velho preso. Quando tudo parecia terminado, os Bugios recorrem a uma gigantesca Serpe, aparecem de rompante aos Mourisqueiros, libertam o seu chefe e cada formação vai fazer a respectiva dança final em seu sítio. A Bugiada não é, porém, constituída apenas pelo que se passa em torno da tensão entre Bugios e Mourisqueiros. De facto, há três outros tipos de manifestações populares tradicionais que se entremeiam nesta festa, trazidas possivelmente, de outras festas. Uma delas é o conjunto de cenas de crítica da vida local e nacional, típicas da época carnavalesca. Outra é o ritual da lavra da praça, em que as operações de lavrar, gradar e semear são feitas na sua ordem inversa. Finalmente, a mais espectacular é a chamada Dança do Cego ou Sapateirada, uma cena curiosíssma de teatro popular, em que se evoca a perturbação causada numa comunidade local pela chegada de um cego que viaja de terra em terra, guiado pelo seu moço.
A festa mobiliza boa parte dos habitantes desta populosa freguesia do Grande Porto. Informação complementar:
- Bugios e Mourisqueiros
- Bugiada: Festa, Luta e Comunicação