o fim do mundo para estes dias
Um deles diz "bô..." (e a gente já sabe da costela transmontana), que o jogador é mais português que muitos, nascido onde quer que tenha sido. O que está ao lado bem tenta explicar, "naturalizado", mas não adianta.
E continua: "Eu digo-lhe, o Porto pode ir buscar qualquer badameco, digo-lhe, desde que funcione com os outros badamecos". "Eu digo-lhe" para trás, "eu digo-lhe" para a frente. Bate-lhe no ombro. Porque o Porto "tem equipa".
O dono do café tem ar de quem não queria que lhe "dissessem" nada. Deve ser a mesma coisa todos os dias. Varia o jogador.
Há um terceiro que não fala. Cara séria. Pensei eu: benfiquista?
Pão quentinho na mão, confusão com os trocos, aqueles dois ainda ali na conversa. O dono sai comigo e acende um cigarro à porta: aquele está à espera da vinda de Jesus Cristo. "Para estes dias", acrescenta.
Heim?
Por via das dúvidas, volto lá hoje.
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