Começa sempre assim
Há uma folhita de papel de embrulho sobre a mesa e um rolo de fita-cola para usar com moderação.
A minha mãe ao telefone - Inês, pões só nas pontinhas...assim só para o embrulho não se soltar – o que, cá entre nós, faz todo o sentido.
A tarefa inicia-se habitualmente com alguma dose de confiança. Convenço-me sempre de que a mestria das senhoras das lojas - que costumam fazer esta coisa dos embrulhos como deve ser – me contagiou de alguma forma (assim como que por osmose, não sei se estão a ver...)
Ai, tanta hora passada a tentar absorver os pormenores cruciais da arte daqueles laçarotes fofinhos da papelaria do Aviz...
Porque é que os MEUS embrulhos hão de acabar sempre com mais fita-cola do que papel?
E a outra da loja que me diz “ mas, ó menina, se quiser, fazemos aqui o embrulho num instantinho, que isto não demora nada!”. Pois, que só demora quando é comigo.
PS: A primeira que se queixar dos meus embrulhos no jantar de Natal deste ano fica sem sobremesa.
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